Polemica! Romário aponta Edmundo como o principal responsável pela derrota do Vasco no Mundial de 2000
E dispara; sobre 'bobo da corte': 'Serve até hoje'
A conturbada relação entre Romário e Edmundo, uma das mais intensas no mundo do futebol, ganhou um novo capítulo no documentário sobre Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, disponível na plataforma Globoplay. No registro, o ‘Baixinho’ não poupou críticas à parceria que teve com o ‘Animal’ durante o período em que ambos vestiram a camisa cruzmaltina.
O atual presidente do América-RJ destacou seu desagrado pela derrota na final do Mundial de Clubes da FIFA em 2000, no Maracanã. Edmundo, contratado em 1999, foi surpreendido com a chegada de Romário, que havia sido dispensado pelo Flamengo, para reforçar o time na competição.
Na decisão daquele Mundial, que teve uma marcante vitória por 3 a 1 contra o Manchester United, a partida entre Corinthians e Vasco terminou em empate sem gols. Na dramática disputa de pênaltis, Edmundo errou a cobrança decisiva, e Romário não hesitou em responsabilizá-lo pela derrota.
“A gente fez o nosso. Ele que era o queridinho, se f****. O cara tem que ser brabo na hora que precisa. Esse c****, quando precisou dele, bateu o pênalti pra fora. O Vasco perdeu o Mundial por causa dele, é o culpado maior”, disparou Romário.
A tensão entre os dois aumentou quando Edmundo perdeu a braçadeira de capitão e a responsabilidade de batedor de pênaltis para Romário. O ‘Animal’ soube da decisão no vestiário antes de um jogo contra o Palmeiras, em São Paulo, e optou por retornar ao Rio de Janeiro ao ver a braçadeira ao lado da camisa 11, de seu desafeto.
Numa entrevista após um jogo contra o Bangu, Edmundo ironizou a mudança nos batedores de pênaltis, atribuindo a decisão a Eurico Miranda. Dias depois, ao marcar um gol contra o Olaria, Romário respondeu com uma frase marcante: “Agora a corte está toda feliz: o rei, o príncipe e o bobo”. Essa declaração também foi lembrada por Romário como mais um episódio na tensa relação com Edmundo nos tempos de Vasco.
“Mandei bem pra c******, aquela frase foi histórica, épica né, serve até hoje, principalmente pra ele (Edmundo)”.
Relação tensa era sentida pelo elenco do Vasco
Eleito presidente do Vasco no último fim de semana, o ex-meia Pedrinho relembrou, em uma série, os bastidores marcados pela ‘guerra fria’ entre Romário e Edmundo.
“Quando eu ia tocar no Edmundo, o Romário gritava. Se tocasse no Romário, o Edmundo gritava. Chutava no gol, e os dois xingavam. O rachão demorava três horas. Se o time do Romário estivesse ganhando, ficávamos três horas até o do Edmundo empatar. Se fosse o contrário, a mesma coisa. Era desconfortável”, descreveu Pedrinho sobre o ambiente tenso nos treinos e jogos durante o período em que Romário e Edmundo dividiam o elenco do Vasco.