Ancelotti se irrita, e afirma que incluiria Vinicius Jr. na partida em Valência após as críticas e desaprovação da imprensa.
Em uma entrevista coletiva às vésperas do jogo contra o Osasuna, marcado para este sábado (7) às 11h15 (horário de Brasília), e que será transmitido pela ESPN no Star+, Carlo Ancelotti, o treinador do Real Madrid, manifestou seu apoio a Vinicius Jr. em virtude dos ataques direcionados ao jogador brasileiro após a audiência sobre casos de racismo realizada na última quinta-feira (5). Quando questionado sobre a possível inclusão do brasileiro na equipe para o confronto contra o Valencia no Mestalla, Ancelotti também fez críticas à imprensa, acusando-a de tentar desviar a atenção do caso.
“Claro que levaria o Vinicius para Valência se o jogo fosse amanhã. Aqui tentam desviar o foco, porque Vinicius tem sido vítima de insultos racistas, seja de uma ou dez pessoas. E há meios de comunicação que tentam desviar o foco, isso me dá raiva e pena”, disparou Carlo Ancelotti.
Ancelotti fez sua declaração um dia após o jornal “Superdeporte”, de Valência, ter se referido ao atacante como “Pinóquio”, ilustrando-o na capa com um nariz proeminente, em alusão ao icônico personagem de ficção da Disney conhecido por suas mentiras.
Em resposta a essa provocação, o Valencia emitiu um comunicado oficial em seu site, acusando o astro do Real Madrid de fazer alegações infundadas e exigindo uma retratação pública por parte do jogador.
Vinicius Jr. participou da audiência na última quinta-feira, realizada fisicamente em Valência e por videoconferência em um tribunal de Madri. Durante a audiência, ele confirmou ter sido alvo de gritos racistas e argumentou perante o juiz que essas provocações eram de natureza esportiva e não configuravam um crime, posição respaldada pelo magistrado. Além disso, de acordo com fontes da ESPN, o jogador brasileiro expressou seu desagrado com os insultos racistas dirigidos a ele e destacou que, embora possa se motivar em um ambiente hostil, o racismo é inaceitável.
Os três indivíduos acusados, cujas identidades não foram reveladas devido às restrições legais na Espanha, estão sendo investigados por crimes de ódio, uma vez que o país não possui uma lei específica para punir casos de racismo.